terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

2. Nanotecnologia

Nanotecnologia: o importante é ser pequeno, artigo de Eloi S.Garcia
“O Inmetro vem priorizando e desenvolvendo de áreas como materiais nanoestruturados, nanobiotecnologia, nanoquímica e nanofármacos, que, por sua enorme potencialidade científica, tecnológica e econômica, vem se tornando visível à ciência brasileira” Eloi S. Garcia, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz, ex-presidente da Fiocruz, membro da Academia Brasileira de Ciências, e Coordenador Estratégico de Biotecnologia do Inmetro. Artigo enviado pelo autor ao “JC e-mail”:
Quase na virada do século 21, o presidente Norte-Americano, Bill Clinton, falava que a fronteira para a ciência estava na nanotecnologia. A frase histórica de Clinton foi: “imaginem reduzir toda a informação contida na Biblioteca do Congresso Americano em um artefato do tamanho de um torrão de açúcar”. Assim nascia o Programa Nacional Americano de nanociência, baseado na manipulação da matéria em escala atômica, para estimular a ciência e a economia. Hoje sabemos que o futuro dos alimentos, dos equipamentos eletrodomésticos, dos medicamentos, dos novos materiais, passa de alguma maneira pela nanotecnologia. Dois princípios básicos norteiam esta tecnologia: (i) o econômico, pois menor normalmente significa mais barato; (ii) o científico, talvez mais filosófico, pela possibilidade de imitar a natureza, ou seja, disponibilizar os átomos onde queremos num determinado composto químico. A nanociência permite planejar o processo como ocorre na natureza: do pequeno para o grande, do átomo para a molécula. Esta história começou em 1959 no Instituto Tecnológico da Califórnia, quando o premio Nobel Novaiorquino, o físico Richard Phillips Feynman, propôs a construção de máquinas pequenas, nos limites possíveis da resolução, que respeitassem as leis da física. Surpreso, Feynman observou que não havia nada nas leis da mecânica quântica que impossibilitasse a criação de máquinas do tamanho de um vírus. Para testar essa idéia, Richard ofereceu um prêmio para quem conseguisse colocar os 24 volumes da edição de 1959 da Enciclopédia Britânica na cabeça de uma alfinete. Para isto era necessário aumentar 25 mil vezes a cabeça do alfinete ou reduzir 25 mil vezes o conteúdo da Enciclopédia. Pouco tempo depois, Feynman teve que pagar o prêmio desse desafio. As técnicas mais freqüentes que permitem a detecção na escala do nanômetro (1 milímetro equivale a 1 milhão de nanômetros) são o microscópio de tunelamento e o microscópio de força atômica. Ambos permitem manipular moléculas individuais para formar nanoestruturas, que são as bases dos novos materiais. Como referência do que estamos falando: uma bactéria mede em torno de um milionésimo do metro, ou seja, mil nanômetros; o vírus tem um tamanho que varia de 10 a 100 nanômetros. Eric Drexler, em 1986, foi o responsável pelo desenvolvimento da base teórica desta tecnologia e cunhou o nome nanotecnologia. Em sua visão fantástica Feynman queria imitar a natureza, pois os organismos vivos possuem milhares de moléculas, de tamanhos reduzidíssimos, que catalisam reações bioquímicas, movem-se, organizam-se e se reproduzem. Mas, hoje sabemos que este fabuloso físico além de imitar a natureza queria também utilizá-la. Porque, por exemplo, não utilizar a miosina (uma proteína contrátil) na criação de um nanomotor ou na movimentação de um nanorobot? Nestas 3 décadas de pesquisa têm sido obtidos muitos avanços nesta área. Uma das fronteiras da nanotecnologia abre novos caminhos para a mecânica quântica. Quanto mais desenvolve mais se conhece este especialidade da física que explica o comportamento da matéria em escala atômica. No nanomundo quem dá às ordens é a mecânica quântica unindo os princípios da química e da biologia. A nanotecnologia já está sendo investigada em várias áreas. Em alguns anos será possível criar armas atômicas minúsculas ou câmaras de vigilância do tamanho de uma molécula capazes de gravar todos os movimentos de um indivíduo. Logo poderemos entender e controlar o comportamento dos átomos. Ou seja, as nanomáquinas são mais eficientes e suas construções necessitam poucos materiais, pois suas bases fundamentais são átomo a átomo, molécula por molécula, gerando estruturas e materiais com propriedades variáveis. Alguns bilhões de dólares estão sendo investidos em estratégias de aplicação da nanotecnologia em diversas áreas (médica, meio ambiente, industrial, etc) que vão desde a produção de um nanorobot que libera medicamento as células-alvo, onde é necessário (nanoterapia) até a elaboração de nanochip e nanocomputadores. Por ano são publicados cerca de 15 mil artigos na área da nanotecnologia que facilmente cabem na cabeça de um alfinete. O Brasil também está investido no domínio dessa tecnologia. O MCT possui um programa estimulando a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico nesta área. No MDIC, o Inmetro vem priorizando e desenvolvendo de áreas como materiais nanoestruturados, nanobiotecnologia, nanoquímica e nanofármacos, que, por sua enorme potencialidade científica, tecnológica e econômica, vem se tornando visível à ciência brasileira.
Artigo publicado no "Jornal da Ciência" de 19.02.2008.
Questões para serem respondidas no espaço destinado aos comentários:
1) Vamos definir o que é nanotecnologia?
2) Pesquise e encontre, ao menos 10 nanoprodutos em processo de pesquisa ou de produção;
3) O aluno de hoje, poderá trabalhar com a nanotecnologia? Poderá ser uma boa oportunidade de trabalho?
4) A oportunidade para trabalhar com nanotecnologia, será possível apenas para os bons alunos da área de matemática ou ciências exatas: física, química?
5) Pesquise sobre o mercado de trabalho nas indústrias de:
a) computadores nos anos 70/80; b) telefones celulares nos anos 90.
E.T: Cite as referências bibliográficas.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Sejam bem vindos! Tenham um excelente 2008



18.02, nosso primeiro dia letivo de 2008.
Desejo que todos nós tenhamos um excelente ano e principalmente, possamos aprender a cada dia, novos e melhores conhecimentos, destinados a ampliar o nosso capital de conheciomentos. Único capital que poderemos dar ou vender e mesmo assim, continuaremos com ele. Veja como é legal obter conhecimento: poderemos dar ou até vende-lo e continuaremos com o nosso, como se não houvessemes transferido para outros. Também poderemos assegurar que ninguém nunca nos roubará. Portanto esse é o nosso bem maior. Convido todos vocês a seguirem aprendendo com afinco: comigo, com os demais professores, com seus colegas, na internet ou nos livros e revistas. Acimulem todo o conhecimento que puder. Esse é o melhor que poderemos fazer no momento. Sempre com ética e moral, conseguirão os seus objetivos, não importam o quanto digam ou pareça contrário. Lembrem-se que a Educação formal é o primeiro patamar ou degrau que poderá comprovar nosso conhecimento. Por isso vocês estão na escola em busca da formalidade. Aproveitem o mais que poderem, com toda a garra. Vocês só têm a ganhar.